O Poder dos Mascotes II



1 comentários
Fala, galera!

Bem vindo à segunda parte da série "O Poder dos Mascotes", que você acompanha aqui no AtomicDesign.


Com o conceito já explicado no post anterior, o Atomic passará, a partir de agora, a abordar temas mais atuais sobre o uso de mascotes na comunicação, incluindo alguns tabus.

Um dos assuntos mais discutidos sobre o tema diz respeito à utilização dos personagens como instrumento de persuasão e manipulação do público infantil. O famoso Ronald McDonald, por exemplo, tem sido acusado de promover a obesidade entre as crianças nos Estados Unidos, que segundo a Folha de São Paulo, triplicou nos últimos 30 anos. Por esse motivo, centenas de médicos americanos estão exigindo a morte do palhaço. Em sua defesa, a companhia de sandwiches se manifestou: "Ronald é um embaixador a serviço do bem, que dá mensagens importantes às crianças sobre segurança, alfabetização e um estilo de vida ativo e equilibrado". Por enquanto, o mascote continua a ativa, mas o fato tem gerado polêmica entre a população e medo nas empresas. Prova disso, ocorreu com a rede Burguer King, que aposentou seu personagem, "The King", conhecido pelas suas campanhas polêmicas, e passará a ter as mães como foco em sua comunicação.

Será o fim do palhaço mais famoso do mundo?

The King, o assustador mascote do Burguer King não estará mais nas próximas campanhas.

Afinal de contas, os Mascotes são tão "perigosos" assim?


Não é a toa que mercado brasileiro de produtos infantis movimenta mais de 50 bilhões de reais e encontra-se entre os três mercados mundiais voltados a esse público.

O consultor especializado em marketing infantil, Arnaldo Rabelo, afirma que alguns estudos mostram que as crianças podem associar corretamente um personagem ao produto a partir dos quatro anos. A compreensão de uma marca tradicional, sem personagem, ocorre apenas três anos mais tarde, no período em que é alfabetizada. Segundo ele, os mascotes continuam sendo objeto de interesse até os nove ou 10 anos, até que sejam substituídos por ídolos, como artistas e atletas.

De fato, a falta de maturidade das crianças as tornam suscetíveis à manipulação de grandes corporações. Para elas, os personagens que aparecem nos comerciais são como aqueles dos desenhos animados e das historinhas infantis.

Porém, o AtomicDesign defende que o problema não está no mascote em si, mas na empresa responsável por ele. Se há algo de errado com o McDonald's não é o pobre do Ronald, mas os produtos calóricos que a ele estão vinculados. Além disso, é impossível excluir o público infantil de relações de consumo, até porque é a forma como nossa sociedade está organizada. O Portal Cultura Infância, que debate sobre questões do universo infantil, conclui: "... o consumo está presente em todos os aspectos de nossas vidas. Não queremos aqui excluir o público infantil de todas as relações de consumo... o que deve haver é uma reflexão acerca de como está ocorrendo a formação das crianças".

Estes motivos mostram claramente a responsabilidade do Marketing, que vai além da venda concreta de um produto, mas também compreender as necessidades e o perfil de seu público, incluindo suas limitações, seu bem-estar e sua felicidade.

... e quantas crianças já foram felizes ao lado do guloso Super Mario, do veloz coelhinho Nesquik e do corajoso Tigre Tony ("Desperta o Tigre em você").


Ronald McDonald
o palhaço mais famoso do mundo mais parecia um monstro


Muitas pessoas terão mais um motivo para odiar Ronald McDonald. Quando surgiu, em 1963, marcando presença nos restaurantes da rede americana McDonald's, possuía um visual completamente bizarro. Inspirado nos produtos da marca: o chapéu era uma bandeja com hambúrguer, milk shake e um saquinho de batata frita, o nariz era um copo e os sapatos pareciam-se com pãezinhos. A revista Time o classificou como um dos mascotes mais assustadores já criados. Não é?


Antes de sua criação, o merchandising do McDonald's era exibido no programa do palhaço Bozo, o que motivou a rede a criar seu próprio personagem (Wikipedia).

Em suas primeiras aparições na TV, dizia: "Eu gosto do que meninas e meninos gostam de fazer, especialmente quando é para comer um delicioso hambúrguer do McDonald's". Hoje, a frase pode aparentar um duplo sentido, mas deve-se considerar a inocência da época.

No Brasil, estreou em 1979, quando o primeiro restaurante foi inaugurado no Rio de Janeiro.

Segundo o livro Fast Food Nation (2001), 96% das crianças americanas são capazes de reconhercer o palhaço, classificando-o como tão conhecido quanto o Papai Noel.

Uma curiosidade é que o ator Sandro Rocha, que fez o papel do major corrupto Rocha no filme Tropa de Elite 2: Agora o inimigo é outro, já trabalhou fantasiado como Ronald nas promoções do McDia Feliz.


Mais uma vez, obrigado por acompanhar o Atomic. Até breve!


Referências:
• Burguer King aposenta seu mascote (Link: http://consumismoeinfancia.com/29/08/2011/burguer-king-aposenta-mascote/)
• Site de Arnaldo Rabelo, especialista em marketing infantil (Link: http://www.marketinginfantil.com.br/)
• Portal Cultura Infância discute o uso de mascotes direcionados às crianças (Link: http://www.culturainfancia.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=852:o-uso-dos-mascotes-como-instrumento-para-promover-a-cultura-do-consumo-na-infancia&catid=132:artigos-e-teses&Itemid=167#_ftn11)
• Os Mascotes mais assustadores (Link: http://economia.terra.com.br/noticias/noticia.aspx?idNoticia=201108261650_TRR_80111043#tphotos)
• 10 Mascotes que ajudaram a popularizar as marcas (Link: http://exame.abril.com.br/marketing/noticias/10-mascotes-que-ajudaram-a-popularizar-as-marcas?p=3#link)
• Um pouco sobre Ronald McDonald na Wikipedia (Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ronald_McDonald)

super heróis atômicos - parte 2



0 comentários
Fala galera!
O Atomic está à todo vapor! Há poucos dias, tivemos um post sobre o universo dos super-heróis. Superman, Batman, Homem-Aranha e Wolverine marcaram presença.


Desta vez, falarei sobre uma criação minha de anos atrás: uma equipe maluca de super-poderosos apelidada carinhosamente de "Super-Caras". Minha proposta era criar histórias com personagens tipicamente brasileiros. Confesso que hoje, 10 anos depois da concepção dos personagens, considero o conceito um tanto inocente. Porém, isso não me impediu de voltar ao passado para criar novas ilustrações com os super-heróis. Foi muito divertido!


A primeira ilustração oficial, de 2002, era composta pelos personagens principais. À frente está a Preparada, carioca funkeira capaz de lançar beijos que estremecem tudo ao redor. Ao seu lado, Nevasca, quase uma avatar, criada no Rio Grande do Sul, com habilidade de ler a mente das pessoas por ela congeladas; e o paulistano Globoy, criador nato das mais inusitadas engenhocas. Logo atrás, está o índio Peri, com poder de criar vida em tudo que toca; o baiano Mega-Máximo, que adquire "super-força Dragon Ball Z" quando toma um líquido verde misterioso; Lamparina, clone mal sucedido do sanguinário Lampião; e ao fundo, o mineiro e ex-integrande do MST, Enxurrada, com sua enxada mágica que o torna capaz de manipular a terra e a lama.

Os Super-Caras foram reunidos pela versão alternativa de Maria Bonita, a viúva de Lampião, apelidada de Maria Furacão. O objetivo do time subversivo é punir os corruptos da pior forma possível, como uma forma de vingança de Maria pelo que fizeram com seu marido.


Na imagem acima, a aprisionada Preparada na companhia de Maria Furacão, armada com seu Bulevólver (Acreditem... era realmente uma arma em forma de bule), envoltas pela escuridão e maldade de um de seus arqui-inimigos.

Abaixo, algumas páginas demonstrativas da historinha. Clique nas imagens para ampliá-las.



Infelizmente, acabei não finalizando as 6 edições que contariam a origem dos heróis. Porém, no ano passado reencarnei os Super-Caras em novíssimas ilustrações, algumas delas recontando todo seu passado esquecido. As imagens foram postadas no meu flickr e agora também estão presentes no Atomic:

Preparada, Globoy, Mega-Máximo e Enxurrada criam problemas ao Congresso Nacional.

Peri, Lamparina, Nevasca e Maria Furacão em guerra no sertão brasileiro.

A gélida Nevasca em contraste com a fúria infernal de Mega-Máximo.

Individualmente, cada personagem tem sua origem reapresentada. Clique nas imagens para ampliá-las.


E aqui os Super-Caras se despedem... pelo menos por ora, já que os "figuraças" adoram sumir, para depois reaparecer! Obrigado a todos que estão acompanhando o Atomic. Até breve!


newer post older post